sexta-feira, 29 de maio de 2020

Presidente do Uruguai é isolado por precaução contra o coronavírus

Luís Lacalle Pou entrou em quarentena nesta sexta-feira, depois de saber do teste positivo de uma diretora com quem teve uma reunião na segunda




Lacalle Pou e outros membros do governo estão em quarentena


O presidente do Uruguai, Luís Alberto Lacalle Pou, foi colocado em quarentena nesta sexta-feira (29). Isso aconteceu porque ele teve uma reunião, na última segunda-feira, com uma funcionária do governo que teve um teste com resultado positivo para o novo coronavírus.

Segundo um comunicado da Presidência do Uruguai, o encontro foi com Natália López, diretora regional do Ministério de Desenvolvimento Social no departamento (estado) de Rivera, que fica no norte do país e faz fronteira com o Rio Grande do Sul.

Na ocasião, a pauta foi o aumento do número de casos de covid-19 no território brasileiro e as medidas para evitar que a doença chegasse até o lado uruguaio da fronteira.
A nota afirma ainda que, além de Lacalle Pou, estavam na reunião o secretário da Presidência, Álvaro Delgado e o ministro da Defesa Nacional, Javier García, entre outros representantes do governo. Todos foram colocados em isolamento e farão testes para o coronavírus nos próximos dias.

Celso de Mello arquiva notícia-crime contra Sérgio Moro




Petição tentava enquadrar Moro no crime de corrupção
Petição tentava enquadrar Moro no crime de corrupçãoMarcello Casal Jr/Agência Brasil – 13.04.2020
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou nesta sexta-feira (29) pelo arquivamento da notícia-crime protocolada na Corte contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
"Em face das razões expostas, e tendo em consideração, notadamente, a questão prévia da falta de competência originária do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente “notitia criminis”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido formulado pelo ora noticiante", decidiu Celso de Mello.
Na petição que tenta enquadrar Moro no crime de corrupção passiva, o requerente José Lima de Siqueira pedia a "adoção de providências" para apurar se o ex-ministro cometeu crime por ter solicitado pensão para sua família caso lhe acontecesse algo no exercício do cargo de ministro. A declaração foi dada pelo próprio Moro durante a entrevista de renúncia do governo Jair Bolsonaro.
“Não há como determinar-se o processamento da “notitia criminis” em referência, pelo fato de o suposto autor da infração penal indicada em mencionada peça não ostentar prerrogativa de foro “ratione muneris” perante o Supremo Tribunal Federal, que não pode ser confundido com órgão de encaminhamento, a outras autoridades penais”, aponta o ministro do STF.

Celso de Mello encaminha à PGR pedido para ouvir Bolsonaro

Aras vai decidir se denuncia o presidente ou arquiva o caso em que Sérgio Moro aponta tentativa de interferência da PF



Moro acusa Bolsonaro de tentar interferir na PF



O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou nesta sexta-feira (29) ao PGR (Procurador-Geral da República), Augusto Aras, o pedido feito pela PF (Polícia Federa) para ouvir o presidente Jair Bolsonaro.
Aras será o responsável por decidir se denuncia o presidente ou arquiva o caso em que o ex-ministro Sérgio Moro acusa Bolsonaro de tentar interferir na PF.
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Segundo o R7 apurou, o Procurador-Geral da República já previu a oitiva do presidente na fase final do inquérito. De acordo com Moro, o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril comprova suas acusações contra o presidente. Bolsonaro, no entanto, afirma que as imagens demonstram uma "farsa".
Mais cedo, a PF (Polícia Federal) pediu a Celso de Mello mais 30 dias de prazo para concluir as investigações do inquérito. Até então, uma série de depoimentos já foram tomados por determinação de Celso de Mello.



quinta-feira, 28 de maio de 2020

Esposa de Wilson Witzel tem mal-estar e passa por exames no Rio

A advogada Helena Witzel foi levada ao Hospital Central dos Bombeiros Aristarcho Pessoa, no Rio Comprido, mas foi liberada pouco tempo depois


Helena foi liberada horas após chegar ao hospital
A advogada Helena Witzel, mulher do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi internada de emergência na manhã desta quinta-feira (28) no Hospital Central dos Bombeiros Aristarcho Pessoa, no Rio Comprido, zona norte. Poucas horas após chegar à unidade de saúde, a primeira-dama do Estado foi liberada.
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Segundo o Núcleo de Imprensa do Palácio Guanabara, Helena foi levada ao hospital após um mal-estar. Conforme a assessoria, o governador acompanhou sua mulher, que foi examinada e passa bem. “Ela será reavaliada para ser liberada em seguida”. O governador já voltou ao Palácio Laranjeiras.
Helena Witzel é uma das investigadas pela operação Placebo, que aprofunda as apurações que começaram com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e o Ministério Público Federal para investigar a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.
A operação foi deflagrada na terça-feira (26), e logo no início da manhã, policiais federais chegaram ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do Rio, na zona sul da cidade, onde mora o governador Wilson Witzel com a família.
A operação Placebo, segundo a PF, apura indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo  coronavírus (covid-19), no Estado do Rio de Janeiro.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves autorizou a operação que teve 12 mandados de busca e apreensão. Além do Palácio Laranjeiras, os agentes cumpriram um dos mandados na casa no Grajaú, na zona norte do Rio, que a família Witzel morava antes do governador tomar posse. O ministro Benedito Gonçalves determinou que o casal preste depoimento à Polícia Federal, mas isso não ocorreu e não há informação sobre a data prevista para que sejam ouvidos.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Moraes determina quebra de sigilo bancário de Hang e empresários

Decisão também pede o bloqueio de contas destas pessoas em redes sociais e realização de oitivas na PF no prazo máximo de 10 dias


PF fez buscas em endereço de Hang




O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (27) a quebra de sigilo bancário de empresários investigados por suposto financiamento de esquema de fake news contra o STF. 
A decisão determina a quebra do sigilo de julho de 2018 e abril de 2020 nas contas de Edgard Gomes Corona, Luciano Hang, Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues.
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Além disso, a decisão também pede o bloqueio de contas em redes sociais para "a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática". 
Os citados vão ser ouvidos pela PF no prazo máximo de 10 dias. 
Nesta quarta, a PF cumpriu 29 mandados de prisão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. O inquérito investiga notícias falsas que atinjam "a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros; bem como de seus familiares". 
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'Jamais patrocinei fake news', diz Hang sobre operação da PF

Autoridades cumpriram mandado de busca e apreensão em escritório do empresário em Santa Catarina



PF cumpriu buscas em escritório de Hang



O empresário Luciano Hang afirmou nesta quarta-feira (27), em live no Facebook, que nunca patrocinou fake news. 
"Jamais patrocinei fake news. O que é? Fazer algo certo e transformar em errada. Queremos falar a verdade. Às vezes, tem um fato e varias versões. Eu sempre coloco a minha versão. Sempre produzimos conteúdo nas nossas redes sociais para os nossos fãs em todo o Brasil", afirmou Hang. 
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O empresário é um dos alvos da operação da PF (Polícia Federal) desta quarta no âmbito do inquérito das fake news, do STF (Supremo Tribunal Federal). 
Hang afirmou que os ministros do STF estão no direito de investigar, mas que autoridades não vão encontrar regularidades em seus pertences apreendidos. 
"Acho que [os ministros do STF] estão no direito deles, de irem atrás se tem a veracidade ou não, se alguém fez alguma coisa ou não contra os membros ou contra a alta Corte. Mas muita transparência. Meu celular e meu computador vão provar que jamais que fiz algo contra os seus membros e a Corte. É por isso que eu uso tanto as redes sociais, temos milhões de pessoas nos seguindo, para termos uma voz para todos os brasileiros", disse Hang.
O empresário afirma que jamais atentou contra um ministro ou contra o Supremo. De acordo com Hang, "tudo o que eu penso eu coloco nas minhas redes sociais e jamais atentei contra um ministro ou o STF. E isso estará provado no meu computador e no meu celular".
Na segunda-feira (25), Hang foi condenado pela Justiça de São Paulo a indenizar o reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Marcelo Knobel, em R$ 20,9 mil por danos morais após publicação de notícia falsa no Twitter.





PF mira Hang, Roberto Jefferson e aliados de Bolsonaro por fake news

Humorista Rey Biannchi, blogueira Sara Winter e deputado estadual do PSL em São Paulo Douglas Garcia também são alvos da operação desta quarta



Jefferson, presidente nacional do PTB, é alvo da PF

A PF (Polícia Federal) cumpre, nesta quarta-feira (27), 29 mandados de busca e apreensão em uma operação contra a disseminação e financiamento de fake news contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
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Um dos alvos é o presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, que teve um endereço vasculhado pelos agentes federais hoje de manhã — um sítio no Rio de Janeiro. 
Endereços de Hang, dono da Havan, também sofreram busca e apreensão hoje

Endereços de Hang, dono da Havan, também sofreram busca e apreensão hoje

Reprodução/Facebook
Além de Jefferson, outros alvos são o dono da Havan, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, a ativista Sara Winter, o blogueiro Allan dos Santos e o humorista Rey Biannchi.
As autoridades cumprem os mandados judiciais em endereços no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
O inquérito do STF investiga notícias falsas que ameaçam a integridade dos ministros da Suprema Corte e de seus familiares. 
Outro lado
Hang afirmou que não teme as consequências da operação da PF. “Acho que [os ministros do STF] estão no direito deles, de irem atrás se tem a veracidade ou não, se alguém fez alguma coisa ou não contra os membros ou contra a alta Corte. Mas muita transparência. Meu celular e meu computador vão provar que jamais que fiz algo contra os seus membros e a Corte. É por isso que eu uso tanto as redes sociais, temos milhões de pessoas nos seguindo, para termos uma voz para todos os brasileiros", afirmou Hang.
Já o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia disse que os agentes da PF estiveram em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo e apreenderam computadores. O deputado disse que as buscas são ‘lamentáveis’.
Garcia postou um vídeo no Twitter nesta quarta criticando a operação da PF. Segundo Garcia, a investigação "apequena a Polícia Federal" e os ministros do STF estão "perseguindo" os alvos da operação. 
"Vocês querem calar a voz dos conservadores através das redes sociais através dessa perseguição danada que vocês estão fazendo", afirmou Garcia. 
Sara Winter afirmou que a PF levou seu notebook e celular e chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo, de "covarde".
Em vídeo gravado por Biannchi, ele mostra que os agentes federais estiveram na casa dele às 6h18, mostra o mandado judicial e a mulher dele chorando. 
"Eu vou processar o STF. O inquérito para mim, humorista? [...] Vou mandar esse vídeo para todo mundo. A Bia Kicis, deputada federal, lá em Brasília, vou mandar para Carlos Bolsonaro. Eu não tenho medo de nada, não. Eu pago meus impostos", afirmou. "Eu não devo nada a ninguém", disse.
R7 tenta contato com as defesas de Roberto Jefferson e Allan dos Santos.


Deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis são intimadas a depor sobre fake news; PF faz buscas contra Luciano Hang e Roberto Jefferson

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (27) mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte. Entre os alvos estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e blogueiro Allan dos Santos. Os quatro são aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Alguns dos alvos dos mandados são:
  • Luciano Hang, empresário (SC)
  • Roberto Jefferson, ex-deputado federal (RJ)
  • Sara Winter, blogueira (DF)
  • Winston Lima, blogueiro (DF)
  • Edgard Corona, empresário (SP)
  • Edson Pires Salomão (SP)
  • Enzo Leonardo Suzi (SP)
  • Marcos Belizzia (SP)
  • Otavio Fakhouri (SP)
  • Rafael Moreno (SP)
  • Rodrigo Barbosa Ribeiro (SP)

Deputados que serão ouvidos

O ministro Moraes determinou ainda que deputados deverão ser ouvidos no inquérito nos próximos dias. Eles não foram alvos de mandados nesta quarta. São eles:
Deputados federais
  • Bia Kicis
  • Carla Zambelli
  • Daniel Lúcio
  • Filipe Barros
  • Geraldo Junio
  • Luiz Phillipe de Orleans e Bragança
Deputados estaduais
  • Douglas Garcia
  • Gildevânio Ilso

Buscas e apreensões

As buscas com relação a Jefferson e Hang foram realizadas nas casas deles, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, respectivamente.
As buscas sobre Allan dos Santos ocorreram na casa dele, em uma área nobre de Brasília.
Ao todo, a operação tem 29 mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
Além de Rio de Janeiro e Brasília, há mandados para ser cumpridos também nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

Investigações

Ao longo das investigações, laudos técnicos que demonstraram que um grupo produz e dissemina as notícias falsas, sempre com o mesmo padrão. Foram identificados pelo menos quatro financiadores desse grupo.
As investigação já identificaram ao menos 12 perfis em redes sociais que atuam na disseminação de informações, de forma padronizada, contra ministros do tribunal.
Isso significa, por exemplo, que esses perfis encaminham o mesmo tipo de mensagem, da mesma forma, na mesma periodicidade. Técnicos cruzam informações para tentar localizar financiadores desses perfis.

Manifestações dos investigados

Luciano Hang
  • Em nota, Luciano Hang disse que tem a consciência tranquila de que jamais atentou contra os ministros do STF ou contra a instituição. "Nada tenho a esconder, uma vez que tudo o que falo está nas minhas redes sociais e é de conhecimento público."
Roberto Jefferson
  • G1 ligou para o celular de Roberto Jefferson por volta das 8h50, mas o telefone estava desligado. A reportagem deixou uma mensagem.
G1 busca contato com os demais alvos da operação.

Delegados mantidos

Em 24 de abril, dois dias depois de Bolsonaro trocar o diretor-geral da PF, Moraes determinou que os delegados responsáveis pelo inquérito fossem mantidos, mesmo com as mudanças na chefia da corporação.
Na prática, a decisão de Moraes tinha o objetivo de blindar as investigações contra interferências.
O inquérito foi aberto em março de 2019 e terminaria em junho deste ano, mas pode ser prorrogado.