terça-feira, 30 de junho de 2020

Brasil tem 1.271 mortes por coronavírus em 24 horas, mostra consórcio de veículos de imprensa; são 59.656 no total

O Brasil teve 1.271 mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 59.656 óbitos pela Covid-19 até esta terça-feira (30) no país. Veja os dados, consolidados às 20h:
  • 59.656 mortes; eram 58.385 até 20h desta segunda (29); uma diferença de 1.271 óbitos.
  • 1.408.485 casos confirmados; eram 1.370.488 infectados até a noite do domingo, ou seja, houve um aumento de 37.997 infectados.
Antes do balanço final do dia, o consórcio divulgou outros dois boletins. No primeiro boletim, às 8h, o Brasil contava 58.406 mortos e 1.373.006 casos confirmados. No segundo boletim, às 13h, o país tinha 58.927 mortos e 1.383.678 casos da doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que uma em cada quatro mortes pela Covid-19 acontece no Brasil. Da mesma maneira, um em cada quatro casos também acontece no país.
De acordo com um monitoramento da universidade norte-americana Johns Hopkins, o mundo já tem mais de 10 milhões de infectados e 500 mil mortos. O Brasil responde por 11% das mortes totais no planeta.

Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite de 4 de junho. Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
No dia 7 de junho, o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Apenas no dia 9 de junho, o ministério voltou a divulgar os dados completos, obedecendo a ordem do STF.
Nesta terça (30), o órgão divulgou um novo balanço. Segundo a pasta, houve 1.280 novos óbitos e 33.846 novos casos, somando 59.594 mortes e 1.402.041 casos desde o começo da pandemia – números totais menores que os apurados pelo consórcio.


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Senado e TSE discutem hoje adiamento das eleições de 2020

Nova data para a escolha de prefeitos e vereadores deverá ser votada na terça-feira; opção mais provável é a transferência de outubro para novembro





Se mudança for aprovada no Senado, vai à Câmara




O Senado Federal discute nesta segunda-feira (22) o provável adiamento das eleições de 2020. Marcada inicialmente para 4 e 25 de outubro, a votação deve ocorrer mais tarde, para evitar aglomerações de eleitores em um período em que o país ainda estará preocupado com a pandemia da covid-19.
É esperado na sessão desta segunda, a partir das 14h, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, além da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Confederação Nacional dos Municípios e outras entidades nacionais interessadas no tema.
O que for decidido no debate será submetido à escolha do Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou a votação para esta terça-feira (23).
A alternativa mais provável às eleições em outubro deve ser o adiamento para novembro deste ano. 
Se o texto for aprovado em dois turnos pelo Senado, seguirá para análise da Câmara dos Deputados. 
Alcolumbre e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm se mostrado favorável à alteração. 
Na semana passada, o presidente do TSE afirmou que a tendência era realmente a mudança de data. “O adiamento tem sido a recomendação consensual dos médicos e cientistas que têm se pronunciado sobre isso. E, nessa eventualidade, há muitas questões de prazo e aspectos operacionais que precisam ser equacionados”, explicou Barroso. 
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tenta alterar a data da escolha de prefeitos e vereadores de todo o país é de autoria do senador Weverton (PDT-MA).
Além do risco de aglomerações nos dias de eleição, outro problema apontado por partidos políticos é a falta de tempo que os candidatos terão para fazer suas campanhas, considerando-se que o principal assunto nacional tem sido a covid-19.
Barroso tem afirmado em entrevistas que não se cogita a hipótese de prorrogação do mandato dos atuais prefeitos e vereadores, o que obriga que, seja lá como for, a votação ocorra ainda neste ano.

domingo, 21 de junho de 2020

Polícia cumpre mandado em chácara de grupos extremistas de apoio ao presidente Bolsonaro e apreende fogos de artifício e cofre

Integrantes são investigados por milícia privada, ameaças e porte de armas. Mandado de busca e apreensão foi cumprido na região de Arniqueira, no DF, na manhã deste domingo (21).






Polícia Civil aprende facão, fogos de artifício e cofre em chácara de grupo extremista em Brasília — Foto: PCDF/Divulgação



A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã deste domingo (21), uma operação contra três grupos de extremistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os integrantes são investigados por milícia privada, ameaças e porte de armas.
Polícia Civil apreende materiais de grupo extremista antidemocrático no DF
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Polícia Civil apreende materiais de grupo extremista antidemocrático no DF
Policiais da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), aprenderam fogos de artifício, anotações com planejamento de ações e discursos, cartazes, celulares, um facão, um cofre, e outros materiais destinados a manifestações. A chácara ficava na região de Arniqueira, a cerca de 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes.
De acordo com a Cecor, duas casas eram usadas como base de apoio dos grupos e havia barracas instaladas no terreno. O imóvel tem câmeras de segurança que cobrem toda a sua extensão.

Chefe de um dos grupos está presa

A apoiadora do presidente Jair Bolsonaro Sara Giromini defende o armamento da população e já publicou nas redes sociais fotos com revólveres — Foto: Reprodução/Twitter
A apoiadora do presidente Jair Bolsonaro Sara Giromini defende o armamento da população e já publicou nas redes sociais fotos com revólveres — Foto: Reprodução/Twitter
A chefe de um dos grupos de extrema-direita que estavam concentrados na chácara de Arniqueiras, Sara Giromini, está presa desde o início da semana passada por ordem do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro determinou a prisão como parte das investigações do inquérito – aberto a pedido da Procuradoria Geral da República – que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Um dos elementos que pesam contra o grupo de Sara é a movimentação pela captação de recursos, inclusive, a partir de uma vaquinha online para financiar as ações.
Na última sexta-feira (19), Alexandre de Moraes prorrogou por mais cinco dias a prisão da extremista que permanece na Penitenciária Feminina de Brasília, conhecida como Colméia.
Além de Sara, outras cinco pessoas tiveram a prisão provisória prorrogada com base na investigação sobre atos antidemocráticos praticados em Brasília.
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